Será que vale a pena ter um carro? Faça suas contas!

Ter um carro na garagem é considerado uma necessidade básica para algumas pessoas, e um sonho de consumo para outras. Mas uma coisa é certa: arcar com os custos de um automóvel pode ser mais pesado para o seu bolso do que você imagina. E o pior é que, normalmente, as pessoas tendem a minimizar essas despesas, fazendo com que elas pareçam mais inocentes do que realmente são. 

Além do valor do carro em si que, se for financiado, vira mais uma dívida de médio prazo, e o óbvio gasto com combustível, é preciso considerar também outras despesas mais sutis e ardilosas, como os custos com impostos e licenciamento, o valor do seguro automobilístico e os gastos com manutenção e revisão periódicas.  Fora isso, há o fato de que o veículo se deprecia com o uso e perde de valor ao longo do tempo, fazendo com que seja mais difícil vender por um bom preço depois, e isso deve ser posto na ponta do lápis também. 

Além de tudo isso, é necessário também levar em consideração a possibilidade de eventuais multas (quem nunca, não é mesmo?), gastos com pedágio e estacionamento que, dependendo do local, pode custar valores exorbitantes. Se a sua casa não tiver garagem, pior ainda: ou você conta com a sorte e corre o risco de deixar o carro dormir na rua, ou precisará desembolsar mais dinheiro com uma vaga mensal em estacionamentos privativos. Isso para não mencionar o fato de que, se você não tiver um automóvel mas morar em um condomínio que disponha vagas na garagem, ainda há a possibilidade de alugar essa vaga para terceiros e, assim, ganhar uma fonte de renda extra.

É claro que todos esses valores variam de acordo com o modelo, o ano e o valor de mercado do veículo em questão, e que é possível economizar, buscando postos mais baratos para abastecer e fazendo o possível para evitar multas, por exemplo. Se o carro for pago à vista, também haverá menos custos envolvidos, pois não será preciso pagar as taxas do financiamento. Ainda assim, um carro pode facilmente gerar custos que cheguem aos R$2500 por mês. Ou seja, um valor considerável, que poderia ser aplicado em outros investimentos. Por isso, antes de tomar a decisão de comprar um carro, é preciso colocar todos esses custos em uma planilha e calcular direitinho o quanto o veículo vai representar no seu orçamento mensal e se esse valor é viável, avaliando se o custo-benefício vale a pena no fim das contas.

Para quem tem filhos pequenos ou pessoas idosas em casa, quem trabalha longe de onde mora e não conta com um transporte público eficiente e quem precisava viajar frequentemente a trabalho ou fazer visitas externas a clientes, um carro pode ser essencial. Já para aqueles que moram e trabalham próximo a estações de metrô, vivem sozinhos ou são autônomos, pode ser que um carro na garagem seja um item supérfluo. Tudo vai depender da sua realidade, sua rotina e sua disponibilidade financeira para manter um carro, considerando os prós e contras.

Caso você tenha feito as contas e decidido que ter um carro seria um prejuízo em sua vida financeira, algumas alternativas são pegar carona com colegas de trabalho, dividindo combustível, apostar no transporte público (que, dependendo da localidade, pode funcionar muito bem) ou mesmo apostar nos aplicativos de corridas com motoristas particulares que, muitas vezes, acabam saindo muito mais em conta. 

E você, já fez seus cálculos para saber se ter um carro é ou não um bom negócio no seu caso?