6 erros de investimento em renda fixa que você deve evitar

Mesmo que pareça inofensivo, o investimento em renda fixa pode gerar alguns riscos. Apesar de serem aplicações nas quais o dinheiro é designado para instituições como bancos, empresas e até o governo, e o investidor recebe no vencimento a remuneração, não importam as circunstâncias em que o mercado se encontra.

Ainda assim, é possível encontrar algumas dificuldades no caminho ou até mesmo cometer alguns erros que podem ser cruciais para definir se o seu rendimento será satisfatório no fim do prazo. Principalmente se não há uma pesquisa sobre os seus fundamentos.

Portanto, para entender como realizar investimento em renda fixa da maneira mais eficiente e lucrativa possível, é preciso saber também o que não se deve fazer. Assim, separamos seis erros de investimento em renda fixa que você deve evitar. Confira.

1. Seguir tudo o que o gerente fala sem questionar

É claro que, como investidor, você estará interessado em saber todas as informações possíveis sobre qual é a melhor aplicação. Com esse anseio, você ouvirá qualquer pessoa que tenha mais experiência que você e, neste caso, o seu gerente é a figura mais confiável.

Porém, por mais esclarecimento que ele possa ter, é importante que você não conte apenas com o conhecimento dele. Faça as suas pesquisas, procure saber quais são as melhores taxas, alternativas de títulos e também como está a situação do mercado conforme o tipo de aplicação escolhida.

Nunca aceite a primeira recomendação dele. Afinal, há grandes chances de ele indicar um título específico para você apenas por conveniência.

2. Aplicar em um investimento de renda fixa sem conhecer o prazo

Alguns investimentos trazem taxas que à primeira vista parecem interessantes. E mesmo sem liquidez e com um grande prazo para o resgate, você pode se sentir incumbido a fazer uma aplicação com todo o seu dinheiro.

Mas pense bem, se acontecer qualquer imprevisto, será difícil para você retomar o seu dinheiro. Ou ainda, caso não prestar atenção nos contras, acaba por ter que enfrentar as penalidades por anular o contrato.

Além do mais, existem investimentos que, se o título for vendido antes do prazo, há grandes chances de ter prejuízo. Por isso, a melhor solução é dividir o dinheiro do investimento, aplicando uma parte em um com liquidez e a outra naquele do seu interesse.

3. Não ter a mínima ideia do que é o Fundo Garantidor de Crédito (FGC)

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma instituição privada que surgiu por volta de 1995 e tem como objetivo segurar correntistas, poupadores e investidores. Graças a ele, é possível retomar os créditos ou depósitos investidos em algumas organizações financeiras em situações de falência ou liquidez.

Todas as instituições que trabalham com dinheiro e companhias de poupança ou empréstimos são obrigadas a se juntar ao FGC e prover com 2% de depósitos para a preservação do fundo. Graças a isso, o fundo pode garantir até R$ 60 mil para aqueles que tiveram perdido o seu investimento.

Ou seja, esse fundo é a garantia para que o investidor possa aplicar com segurança. Entretanto, é comum que, quando se realiza uma aplicação, o indivíduo não saiba nada sobre este fundo e acabe, por exemplo, investindo mais do limite permitido (até 250 mil) para ter a garantia de ressarcimento.

Em vista disso, é importante pesquisar bem sobre o FGC para, em complicações futuras, não perder a chance de ser reembolsado.

4. Pensar na rentabilidade, mas não na inflação

Qualquer investidor precisa entender que a inflação tem uma influência grande na rentabilidade. Um erro muito comum é não prestar atenção nesse fato e sentir a diferença só depois que o investimento não rendeu o suficiente.

Como um dos investimentos em renda fixa mais conhecidos no país, a poupança é um exemplo interessante. Quando se pensa na estrutura dessa aplicação, na qual você empresta dinheiro ao banco, há um limite na remuneração que vai de 0,5% ao mês mais a taxa referencial. Contudo, essa taxa tende a sempre ser conservada quase próxima a zero, já que depende da Selic calculada com uma retenção definida pelo governo.

Ou seja, não é um investimento muito estável e, por conseguinte, às vezes está abaixo da inflação. A aplicação não rende muito e, na realidade, investir em poupança é perder dinheiro. Então, é aconselhável investimentos em renda fixa que estão acima da inflação. Caso contrário, há poucas chances de enriquecer.

5. Não prestar atenção nas oportunidades

Em alguns casos, pode ocorrer imprevistos. Por exemplo, o banco quebrar ou haver algum problema com a aplicação e você ter que ser ressarcido. Nesse tempo, apesar de ter a garantia de que o FGC vai reembolsá-lo, terá um intervalo até que seja depositado o reembolso.

Principalmente se a associação financeira não registrar a aplicação no seu nome, já que não é uma obrigatoriedade. Ou seja, o seu dinheiro ficará parado e não renderá nada.

Portanto, escolher títulos que são emitidos por grandes instituições, mesmo que eles não rendem tanto quanto os das médias, é a melhor alternativa. O risco de quebra é menor e você não perde a oportunidade de seu dinheiro continuar rendendo.

6. Não revisar as aplicações

No mundo dos negócios, há sempre invariabilidades. Em certas circunstâncias, elas podem gerar grandes oportunidades, principalmente se tratando de títulos e os seus preços. Contudo, muitos interessados em investimento não têm uma rotina de reexaminar as suas aplicações.

Periodicamente, é interessante sempre reavaliar como andam as aplicações e, a partir daí, fazer alterações de acordo com suas intenções. Com toda a instabilidade do mercado, aconselhamos que pelo menos a cada seis meses o investidor revise seus investimentos.

Então, concluímos que apesar de parecerem aplicações sem riscos e com boas rentabilidades, ainda é preciso tomar alguns cuidados antes de investir em aplicações em renda fixa se não quiser perder dinheiro.

Esperamos que esse post tenha ajudado você a entender melhor sobre essa categoria. Se gostou das nossas dicas sobre investimento em renda fixa, aproveite para compartilhar este post nas suas redes sociais e ajudar outras pessoas a entender melhor sobre o assunto.