Quais os principais riscos em fundos de investimento?

Colocar dinheiro em fundos de investimento é uma forma relativamente simples de buscar rendimentos, já que eles oferecem sua gestão especializada para você não ter que se preocupar com a parte operacional nem com o acompanhamento do mercado. Por outro lado, é preciso saber exatamente quais são os riscos envolvidos antes de aplicar. Quer conhecer melhor o assunto? Continue lendo!

O que são fundos de investimento?

Fundos são veículos de investimento coletivo. Eles reúnem todo o dinheiro aplicado nele por investidores e se encarregam de comprar os ativos financeiros, visando a obter lucro e repassá-lo aos cotistas — nome dado aos participantes do fundo, que detém suas cotas. O investimento em fundos traz algumas vantagens, como:

  • diversificação com um pequeno valor;
  • facilidade e praticidade, pois os gestores se encarregam da parte operacional dos investimentos;
  • gestão profissional.

Há também desvantagens:

  • altas taxas de administração podem comprometer a rentabilidade;
  • prazo para efetuar resgate pode ser longo;
  • alguns tipos de fundos sofrem incidência semestral de imposto de renda, o chamado “come-cotas”.

Quais os principais riscos?

Podemos dizer que todo investimento envolve principalmente três tipos de risco: de mercado, de liquidez e de crédito. Vejamos como cada um deles está presente nos fundos de investimento.

Risco de mercado

O risco de mercado é a possibilidade de o valor de um investimento diminuir. Ele varia conforme o tipo de ativo: o dinheiro na poupança rende um pouco todo mês; ações, por outro lado, podem se valorizar e dar lucros maiores, mas também podem cair de preço rapidamente.

Esse risco está presente de forma diferente em cada tipo de fundo. Os fundos de renda fixa costumam apresentar rentabilidades sempre positivas, portanto estão menos expostos a esse risco — exceção feita a alguns que concentram seus investimentos em títulos atrelados a índices de inflação, que são mais voláteis.

Por outro lado, fundos de ações cambiais (que têm investimentos atrelados a moedas) e multimercados (que podem operar livremente qualquer tipo de ativo) estão mais expostos aos riscos de mercado e podem apresentar perdas significativas no curto prazo.

Risco de liquidez

Liquidez é a propriedade de um investimento que diz respeito à facilidade de transformá-lo em dinheiro sem perda expressiva de seu valor. Você pode resgatar o dinheiro de uma poupança a qualquer momento e, por isso, dizemos que ela tem liquidez imediata.

Já um imóvel, por exemplo, pode levar meses ou anos para ser vendido. Se o dono tiver pressa, terá que baixar o preço para conseguir negociá-lo com mais rapidez. Por isso, se diz que esse é um investimento de baixa liquidez.

Novamente, o risco de liquidez se dá de diferentes maneiras em cada tipo de fundo. Fundos de renda fixa costumam ter o chamado resgate em D+0 — isto é, o dinheiro cai na conta no mesmo dia útil em que é feita a solicitação.

Já outros tipos podem ter prazos mais longos — alguns chegam até a D+45, devolvendo o dinheiro do resgate apenas 45 dias úteis depois do pedido. Fique atento também à existência de taxa de saída, percentual cobrado sobre o valor do resgate.

Risco de crédito

O risco de crédito é bastante associado à renda fixa e ao investimento em títulos de dívida. Trata-se da possibilidade de o tomador de empréstimos deixar de pagar seus credores.

Diversos investimentos, como CDBsLCIs e LCAs, contam a garantia do FGC, que cobre aplicações feitas até o valor de R$ 250 mil. Fundos, por outro lado, não oferecem nenhuma garantia. Entretanto, isso tem uma importância menor, pois o risco de crédito é mitigado pela diversificação.

Como fundos reúnem uma grande quantidade de dinheiro de diversos investidores, podem distribuir as aplicações entre muitas instituições. Assim, mesmo em caso de calote, o impacto é pequeno, já que ele representaria uma fração minúscula do patrimônio do fundo.

Por fim, vale dizer que os fundos de investimento têm CNPJs próprios. Assim, seu patrimônio fica “separado” do dinheiro da administradora ou do banco. Toda a fiscalização dos fundos fica a cargo da CVM. Em caso de dúvidas, procure a entidade.

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