Tesouro direto: conheça o mercado de títulos públicos

O brasileiro conta com diferentes opções de investimento, envolvendo renda fixa e renda variável. O mercado de títulos públicos tornou-se famoso, principalmente, devido ao sucesso do Tesouro Direto, que reuniu os títulos do governo federal em um só canal, facilitando a vida dos investidores.

Conheça mais sobre o mercado de títulos públicos no Brasil lendo o post! Vamos lá!

O que é o Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um programa do tesouro nacional que foi desenvolvido conjuntamente com a Bolsa de Valores do Brasil (atualmente, a B3). A finalidade é comercializar títulos públicos governamentais por meio da Internet, focando nas pessoas físicas.

O programa foi criado em 2002 e contribuiu para democratizar os títulos públicos, possibilitando que o investidor faça aplicações com um valor muito baixo de capital inicial: R$ 30,00.

Quais são as características do Tesouro Direto

O Tesouro Direto oferece possibilidades para todo tipo de investidores, mas especialmente para os que procuram maior segurança por meio da renda fixa.

Como são títulos do governo federal, existe uma segurança maior, já que o governo federal é responsável pela própria fabricação das cédulas e moedas de Reais (a famosa máquina de fazer dinheiro do Banco Central). Mas esses títulos não têm garantia do FGC, o Fundo Garantidor de Crédito.

Contudo, não há dúvidas de que eles são os investimentos de menor risco no mercado financeiro.

Incide tributação sobre os títulos públicos, mas de forma regressiva, ou seja, o percentual de IR (imposto de renda) diminui à medida que o prazo aumenta. Assim, um título com prazo de 180 dias tem alíquota de IR de 22,5%, enquanto outro, com prazo acima de 720 dias, tem alíquota de 15%.

E os prazos também influem no preço de cada título. Quanto mais longo o prazo, mais vulnerável fica o título às taxas de juros. Quanto à liquidez, os títulos têm liquidez diária, mas quem investe pensando em ganhos maiores deve conservá-lo até o final.

Como é a rentabilidade dos títulos do governo federal

Um título público é um ativo de renda fixa, e isso significa que a rentabilidade pode ser medida no momento em que o dinheiro é aplicado (o que não acontece com a renda variável).

Um título do Tesouro Direto pode ser prefixado ou pós-fixado. No primeiro caso, a taxa de juros é definida imediatamente; no outro caso, existe uma taxa de juros anual fixa acompanhada de um indexador, cujos juros variam (os indexadores podem ser a taxa básica de juros, SELIC, ou o IPCA, índice que oferece proteção contra a inflação, garantindo o poder de compra do investidor).

Confira os títulos do Tesouro Direto. Aqueles considerados principais são os que oferecem juros somente no vencimento.

Os prefixados:

  • LTN (Letra do Tesouro Nacional);
  • NTNF (Nota do Tesouro Nacional série F) com juros semestrais.

Os pós-fixados:

  • indexados ao IPCA: NTNB (Nota do Tesouro Nacional série B) principal e NTNB com juros semestrais;
  • indexados à Selic: LFT (Letra Financeira do Tesouro).

Existem ainda os títulos pós-fixados indexados ao IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado): são as Notas do Tesouro Nacional série C (NTNCs).

Como investir no Tesouro Direto

Siga as etapas:

  1. primeiramente, tenha uma conta corrente em algum banco e CPF;
  2. escolha uma instituição (banco ou corretora), que será seu agente de custódia, ou seja, intermediará as transações com o Tesouro Direto;
  3. contate o agente de custódia e cadastre-se;
  4. será enviada uma senha provisória da BM&F Bovespa para seu primeiro acesso ao Tesouro Direto;
  5. crie outra senha que tenha entre 8 a 16 dígitos (use números, letras e caracteres especiais);
  6. escolha um título (existe o Orientador Financeiro disponibilizado pelo governo federal, mas você pode recorrer a outro aplicativo de investimentos ou a um consultor de investimentos);
  7. compre seu título e inicie seu investimento.

Há 3 meios de aplicação: o site do Tesouro Direto (com a senha, é possível comprar, vender, planejar, fazer consultas e outras coisas); o site do agente de custódia; e a atuação do próprio agente, quando autorizado a fazer transações em seu nome.

E agora? O que pensa sobre o Tesouro Direto? Aproveite e leia um post sobre os investimentos mais recomendados ao perfil conservador!