Entenda as diferenças entre tesouro direto e CDB

Tesouro direto e CDB são duas opções de investimentos em renda fixa, que serão sempre, em essência, um empréstimo.

Quem investe em títulos públicos, através do programa Tesouro Direto, empresta ao Governo e quem investe em CDB (Certificado de Depósito Bancário), empresta aos bancos.

Em ambas as modalidades de investimento, você terá de escolher se o seu dinheiro será remunerado em taxas pré ou pós-fixadas.

Na taxa pré-fixada, ao contratar o investimento, você já sabe antecipadamente qual valor receberá pelo prazo que deixar o seu dinheiro aplicado.

Na taxa pós-fixada, a remuneração proposta a você estará vinculada ao desempenho de algum índice que pode variar ao longo do tempo (CDI, IPCA, Selic, etc.).

Isso é o que as duas modalidades de investimentos têm em comum. Agora você verá quais as diferenças em entre elas.

Investimento mínimo

No CDB, o investimento mínimo depende do título e também da instituição financeira responsável por oferecê-lo.

Em algumas instituições, a aplicação mínima é de R$ 1.000,00, enquanto em outras é de R$ 10.000,00.

Já no Tesouro Direto, o investimento mínimo equivale a uma fração de 0,01 de determinado título, o que na prática possibilita a compra de papéis com valores a partir de R$ 30,00.

Ou seja, para o investidor iniciante, a melhor opção é começar com títulos públicos do Tesouro Direto.

Rentabilidade

A rentabilidade do CDB e dos Títulos Públicos dependem de 3 fatores: as condições oferecidas pela instituição financeira, o prazo de investimento sem liquidez e a quantidade de dinheiro aplicado.

No CDB, a rentabilidade da maior parte dos títulos está atrelada ao índice da Taxa CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Se a sua rentabilidade for superior a 100% do CDI, então será mais rentável do que o Tesouro Direto.

Porém, se um título de CDB for ofertado com uma rentabilidade abaixo de 100% do CDI, isso significa que ele estará pagando menos que a taxa Selic.

Nessa situação, será mais vantajoso investir em título do Tesouro LFT (título público mais conservador, indexado à taxa Selic).

Liquidez dos investimentos

Os títulos dos CDBs geralmente são resgatáveis apenas na data de vencimento, porém alguns têm liquidez diária.

Quanto maior for o prazo, maior será o percentual do CDI que o investimento renderá durante o período. Assim, se não houver resgate antecipado, maior será a rentabilidade.

No caso do Tesouro Direto, a liquidez é sempre diária, ou seja, você pode resgatar o dinheiro a qualquer momento.

Contudo, se você optar por um título do Tesouro que não seja LFT (aquele com rentabilidade atrelada à taxa Selic), há o risco de perder dinheiro.

Risco das aplicações

De uma forma geral, investir no Tesouro Direto é mais seguro do que no CDB. Isso porque as chances do governo dar calote são muito pequenas — devido ao impacto que essa ação causaria na economia.

Já no CDB, existe o risco do banco falir e o investidor levar calote. Quanto menor for o banco, maior é o risco. Por essa razão, bancos pequenos geralmente ofertam taxas percentuais maiores do CDI. Por isso, quanto maior o risco, maior o retorno.

Entretanto, no caso da falência de um banco, por exemplo, o Fundo Garantidor de Créditos ressarce até o valor de R$ 250 mil. Se você tiver até esse limite, receberá tudo de volta. Caso contrário, terá prejuízo.

Aportes

No CBD, não há a possibilidade do investidor fazer novos aportes e o valor mínimo para se obter uma boa rentabilidade costuma ser elevado, entre 1 mil e 50 mil reais.

O Tesouro Direto, por outro lado, possibilita realizar aplicações a partir de 30 reais, sendo a opção mais atrativa para o pequeno investidor, porém com uma rentabilidade bem menor.

Assim, a escolha de cada uma dessas opções de investimentos depende do perfil do investidor, do seu objetivo e também das suas necessidades.

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